Manter Fresco, mas Seco
Neste início de século XXI, creio que uma das questões mais pertinentes que se coloca às sociedades modernas é a seguinte: para onde caminha a indústria do papel higiénico? Esta inquietação advém de um lançamento recente na área da higiene pessoal, o papel higiénico humedecido. Longe de mim advogar um regresso aos tempos em que as propriedades esfoliantes do papel higiénico faziam da lixa para madeira – que guardo na memória das aulas de trabalhos manuais – suave véu acetinado. Mas papel higiénico humedecido? Desde logo, parece-me bizarro assumir que a sensação mais agradável que se possa experimentar após a utilização do papel higiénico seja a de humidade. Mas mais do que isso, importa saber onde é que pára esta paranóia da higiene. É que, ou muito me engano, ou já faltou mais para nos quererem convencer da utilidade do bidé. E isto é pernicioso.
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