TODA Artilhada

Há um fenómeno que me intriga, chamado tuning. Consiste em pegar num carro normal e, acrescentando-lhe topo o tipo de extras – jantes, ailerons, escapes especiais, etc –, transformá-lo num veículo capaz de ferir a vista ao Stevie Wonder e rebentar os tímpanos a metade da população chinesa. Bom, isto talvez seja exagero. A um terço da população chinesa, vá. A minha dúvida é esta: será que os adeptos do tuning estendem este conceito à sua vida privada? Se sim, como é que eles fazem com as mulheres? Palpita-me que o fã do tuning começa por escolher uma mulher bastante discreta. Não perdendo o paralelo com os carros, digamos que escolhe um modelo base: acessível e que não gaste muito. A partir daí, começa a investir também na senhora. Com o dinheiro que sobra dos vidros fumados (prioridades são prioridades), adquire umas unhas de porcelana e umas lentes de contacto coloridas para equipar a patroa. Pelo meio, vai poupando uns trocos para os quilos de base que a mulher gasta aos cem e, quando chega o subsídio de natal, é finalmente tempo do extra mais desejado: o implante de silicone nos seios, que é o equivalente àqueles chips que se põem no motor para dar mais cavalos. E é assim que o homem do tuning fica com uma esposa que descobriu num cabeleireiro de Massamá, é verdade, mas que podia perfeitamente ter descoberto numa casa de passe de Massamá.

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